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Ficha Criminal Nome:Tommy Molto 30, carioca, agora paulista, scrummaster, gerente de projetos, analista de sistemas e engenheiro de telecomunicações e tradutor e músico e... Email:tommymolto@gmail.com
Frase do Dia:
Nelson Rodrigues
Blogs Filmes... Cashern Um filme de ação oriental interessantíssimo, parece que foi baseado em um anime. Visual muito bom! Tentação (we dont live here anymore) Bem interessante a visão de traição abordada no filme Sin City Para mim, impossível algum filme roubar o lugar desse como melhor do ano. Parecia um sonho, quadrinhos na telona! Seriados... Taken Ok, foi uma minissérie, mas foi muito foda, e vi numa maratona, o que me fez sentir como um filme. Acho que depois disso o Spielberg não tem mais o que falar sobre alienígenas, finalmente!:P Lost Depois de uma primeira temporada perfeita, começou meio mal mas já se recuperou brilhantemente. E só de saber q o Jeff Loeb vai escrever e o Daren "PI" vai dirigir um capítulo, só deixa mais com sede desse seriado. Nip Tuck Achei que nunca iria gostar de um seriado com um tema banal, a vida de cirurgiões plásticos. O maior vício que tive este ano! Histórias e crítica a sociedade das aparências muiito fodas. Músicas da Semana... Revistas .:Fábulas (Fables) .:Sin City .:Estranhos no Paraíso .:Crise infinita .:V de Vingança .:Monstro do Pantano (fase Alan Moore) .:Preacher .:Demolidor (fase Bendis-Maleev) .:Os Sete Soldados da Vitória .:We3 .:SJA .:Alias .:Y- the last man Links ChiNEWSki NoMinimo Charges Folha Pensata Scream and Yell Omelete SobreCarga deviantART Velvet Cds Desenhado por Amy
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quinta-feira, maio 16, 2002
Pra quem nunca leu nada meu no Chinewski, vou começar a postar alguns textos aqui. Este é um dos meus xodós, um dos primeiros, baseado no meu sobrinho: O Monstro do Armario João Paulo acabou o dever de casa. Já estava com sono. Estava dormindo muito mal nas últimas noites. Desde que viu um capítulo de um desenho d`Os Caça Fantasmas, onde apareceu um monstro que vivia dentro do armário. O monstro vivia em outra dimensão e tinha vários braços, dentes afiados e uma aparência terrível. Ele queria ser igual ao Peter Venkman quando crescesse. Ele era engraçado, legal, e tinha um jeito com as garotas. E o melhor de tudo, ele sempre pegava os fantasmas e salvava seus amigos quando eles estavam em apuros. Mas ele não precisava ser o Peter para ficar livre dos fantasmas. Ele tinha seu cobertor mágico. Seu pai deu-lhe no dia em que estava com medo do tiroteio da favela ao lado da casa. Ele achou que eram meteoros caindo , igual ao filme que seu irmão o fez ver. Seu pai falou que ele nãoprecisava ter medo de mais nada, pois aquele cobertor era mágico. Ele era igual o do garoto de um desenho que o pai dele via, Snoopy. Disse que, assim como ele dava sorte ao garoto no desenho, ele ia protegê-lo de qualquer coisa. Cobriu-se e foi dormir. Começou a sonhar com o jogo de futebol do dia seguinte. Ele estava jogando muito, tinha feito um gol de bicicleta, mais bonito que qualquer um que já viu. Olhou para o lado do campo e lá estava a garotinha ruiva, Aline, que ele gostava. Ela sorriu para ele e mandou um beijo. Os amigos foram abraça-lo comemorar um gol. Escutou um grito. Era a garota sendo pega pelo bicho papão. Ele colocou-a dentro de um saco. João berrou. O bicho olhou sorridente para ele, apontando-o com um de seus vários dedos em uma de suas várias mãos. “Você é o próximo” – sentiu em sua cabeça. Escutou também o berro de sua mãe vindo de algum lugar. Sentou-se repentinamente na cama. Continuou a escutar sua mãe berrando. Pensou em berrar, mas apavorou-se. Seu pai também berrava. “Somos só nós, nosso filho está viajando!”, escutou. Seu boneco de astronauta de um filme parecia estar com um laser apontado para ele, com um sorriso maroto na cara. Novamente, cobriu-se e tentou ignorar o som. O cobertor mágico ia salvá-lo. O bicho papão pegou seus pais, mas não ia pegá-lo. Tentou, tentou e não conseguiu. Olhava por um espaço entre o cobertor e a cama sua porta encostada. Uma sombra foi se aproximando. “Não, ele não!”, berrava sua mãe, bem abafado. A sombra parecia enorme, magra e alta. Escutava sua nova empregada falar algo bem longe. O bicho papão já devia tê-la pego. Conseguiu ver o rosto do monstro. Ele não era como no desenho. Mais parecia um adulto. Mas ele era um monstro: não tinha olhos nem cabelos, tinha uma pele escura e como que listrada, semelhante a um tecido. Um nó no topo da cabeça, como se tivessem-na arrancado. Mas a boca o amedrontou. A boca parecia estar por detrás desta pele. “Tem alguém aqui?”, falou a boca ao entrar. Conseguiu ver que , ao contrário do desenho, este monstro não tinha vários dentes, nem os da frente. Cobriu-se de novo e tentou pensar em seu aniversário de 10 anos que seria na semana que vem. Ia ganhar um álbum novo do É o Tchan. Sentiu uma mão procurando-o na cama. A mão pegou sua perna pelo cobertor. Desejou ao máximo que o cobertor o protegesse. A mão soltou-o logo e escutou: Fique quieto e nada te acontecerá. Tentou controlar sua respiração e se acalmar. “Você é um bom moleque, vai ficarquieto.”, disse a voz gutural. Sim! O bicho papão só pegava meninos maus. Ficou ali, quieto, estudando os sons. Barulhos de coisas caindo e alguma se quebrando. Deviam ser seus brinquedos. “Isto meu garoto deve gostar”, falou a voz. Escutou os passos se distanciarem. Olhou por um novo espaço e viu que o bicho não tinha mãos, mas um metal reluzente. Que bicho papão moderno, pensou. E ainda tem um filho! “Fique na paz aí, durma,que tudo vai ficar beleza, bro.”, falou a voz. Não entendeu muito, mas preferiu ficar quieto até a sombra sumir. Os passos iam sumindo. Escutou uma porta batendo e uma correria. Dois barulhos altos, como os meteoros que jurava ter escutado há tempos. “Meu filho!”, berrou sua mãe. Lembrou-se de Peter. O que Peter faria? Cobriu-se com o cobertor como uma capa, levantou-se e pegou seu cavalo de madeira. Há quanto tempo não o usava para algo. Segurou-o como uma espada, como viu em alguns filmes e desenhos, e saiu do quarto. A urina começou a descer por suas pernas trêmulas. “Meu filho!Onde você está?”, berrava sua mãe do quarto de vestir. Andou para lá vagarosamente. “Mãe?”, perguntava baixo. Entrou no quarto e viu várias roupas no chão. O terno de seu pai, o vestido de casamento de sua mãe. Um pacote, rasgado, do tamanho de um cd com um cartão colado dizendo : “Com amor, de seus pais”. “Mãe?”, perguntou. Ela berrou. O som vinha de dentro do armário. Ele devia estar prendendo-os lá! Enfrentou seu medo e abriu o armário. Lá estavam seus pais. Sua mãe com as mãos e pés amarradas com uma saia e um vestido. Seu pai dormindo, com sangue escorrendo da testa. “Meu filho, disse a mãe, pulando para perto dele. O garoto pegou o cavalo e bateu no fundo do armário. Nenhuma passagem secreta para a casa do bicho papão. Agora ele já fora. Já levara a menina malvada da casa, a nova empregada. Enquanto desamarrava sua mãe, seu pai acordou. “Aquela filha da puta, quem era aquele cara que veio falar com ela? “, resmungou ao acordar. Seu filho pos a mão em sua boca. Seus pais vieram abraça-lo. Ele cobriu a todos com o cobertor. “Tudo ficará bem, gente. O bicho papão já se foi.”, disse, caindo no colo da mãe. |
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