Get Free Shots from Snap.com There is Nothing Left to Lose
 

Ficha Criminal
Nome:Tommy Molto
30, carioca, agora paulista, scrummaster, gerente de projetos, analista de sistemas e engenheiro de telecomunicações e tradutor e músico e... Email:tommymolto@gmail.com

Frase do Dia:
"Os magros só deviam amar vestidos, e nunca no claro."

Nelson Rodrigues

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Sedentário Hiperativo


Filmes...

Cashern
Um filme de ação oriental interessantíssimo, parece que foi baseado em um anime. Visual muito bom!

Tentação (we dont live here anymore)
Bem interessante a visão de traição abordada no filme

Sin City
Para mim, impossível algum filme roubar o lugar desse como melhor do ano. Parecia um sonho, quadrinhos na telona!


Seriados... Taken
Ok, foi uma minissérie, mas foi muito foda, e vi numa maratona, o que me fez sentir como um filme. Acho que depois disso o Spielberg não tem mais o que falar sobre alienígenas, finalmente!:P

Lost
Depois de uma primeira temporada perfeita, começou meio mal mas já se recuperou brilhantemente. E só de saber q o Jeff Loeb vai escrever e o Daren "PI" vai dirigir um capítulo, só deixa mais com sede desse seriado.

Nip Tuck
Achei que nunca iria gostar de um seriado com um tema banal, a vida de cirurgiões plásticos. O maior vício que tive este ano! Histórias e crítica a sociedade das aparências muiito fodas.


Músicas da Semana...


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Desenhado por Amy

 


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segunda-feira, dezembro 30, 2002


Caso não passe por aqui ainda este ano
Feliz Ano Novo.
Devo estar de volta em breve, talvez com novo layout. E com a área de discos, que planejo tornar em breve um site.




Frase do Dia: "Beber socialmente é coisa de pequeno-burguês" -- Paulo Francis
Foto do Dia (apos anos de nao colocar uma legal) :




Trato de fim de ano : ser roteirista de quadrinhos (a Celta irá desenhar). Não, não é promessa, pois minha promessa defim de ano foi não fazer mais promessas. Já que sempre prometi e nunca cumpri mesmo, fica tqlo segui-la :-).




Mais uma rapidinha:
Senhor dos Aneis - As Duas Torres : muito foda. Os criticos falaram merda sobre tirar os ents (as arvores). A cena deles no fim foi pra mim a melhor disparado, uma realização. Agora só falta mesmo ver a aranha e a Montanha da Perdiçào em si.
Cortaram uma das cenas que mais queria ver, do Aragorn chamando os espiritos. Alteraram bastante a historia, ams sem perder o sentido e a qualidade. Cenas de guerra históricas mesmo.
PS: Vejam o Faramir. Ele é a CARA da Gisele Bundchen.





Cenas de quadrinhos decadente
Sério, se é pra enganar as crianças, que pelo menos fossem pessoas que estivessem felizes em estar fantasiadas. Olha a animação da mulher na foto.
A mulher que faz todas as mulheres do x-Men está triste! Mesmo!



quinta-feira, dezembro 26, 2002


E tudo parece fazer meio que um sentido. Quando mensagens de seguir borboletas se cruzam com passado, não se sai um resultado bom, né?
Saiu o belchior, entrou Marilyn Manson - The Beautiful People e Boxcar Racer (sim, isto mesmo), esqueci o nome, mas é assim " Ifeel so bad, i feel so empty, lets start over..."

Frase de hoje - " Feels like a bullet in the head..."




A cinco minutos atras:

-Porra, acabei de escrever um email daqueles, sabe? Melhor que anos de analise, creio eu. Espero que sirva de algo.
-Futil : Aparei a barba, fiz um modelo virtual meu que ficou horrível (quer dizer, ficou bonito, bem longe do real), e voltei a ter um scanner que deixei desligado a dois anos!
-Bata na boca : Belchior é legal! Sim, to apaixonado. Dei o acustico dele (não pela MTV, obvio) pra minha mae, mas ja tratei de sequestra-lo.
-Hoje descobri a verdade por traz ded 2001, uma odisseia no espaço, do Kubrick. Quer saber tb? Ve aqui

Agora:

-Porra, acho que sou meio inocente...Acho que não devia ter mandado o email... Estranho como algumas coisas te mudam a opinião... Vou tentar me manter calmo, já me basta a gripe de mal.
Mas, caralho.... certas coisas chegam quase como traição...aí, meu pequeno coração suburbano.




Devaneios IVI - Wish Fullfilment - Sonic Youth

- Você não esperava algo diferente,esperava?

Os olhos, atonitos, continuavam a olha-la.

- O que? Você não esperava isto.
Achou que seu maxilar, mais uma vez, se desprendera.

- O tempo passou. Não espere achar algo diferente disso. Eu vivi também, ora. Que machismo...

Sabia que palavras ainda eram proferidas, mas as unicas coisas que ficavam eram feridas... Será? Seria isto mesmo? A vida tinha passado e ele estava de olhos fechados?
"I want a lover's hand to cover my eyes", um dia uma pessoa lhe falou. Achara lindo, mas agora via de outra perspectiva. O amor cobria os olhos, mas também podia cobrir a vida. Lembrou-se de um amigo que, aos 20 anos, virara-se para ele ao acabar com um namoro de seis anos e falara : "Cara, como se faz hoje em dia? Onde se vai? O que se fala?".
Nunca soubera a resposta. Nunca soube. Não sabe.
Era isso então? Vivera sem ter vivido?Amara tanto Alvares de Azevedo que vivera seu tormento? Bem, vivera mais que ele, ao menos. Não vivera mais do que ele não vivera, seria o certo?
Teria um certo? Teria um errado? Só sabia que não acreditava nisso. Não espere. Sim, sempre se esperaria.
Foi só assim que entendeu o borrão...aquele borrão que via sempre que olhava no espelho...que diziam ver onde estava... a vida passava devagar aos outros, mas ele...ele parecia estar dentro de um lapso no tempo, voando, por tudo ser sempre tão igual...
A intensidade que dava a tudo, o valor que dava ao nada... Todas as vezes que se jogava no vazio, recebia reclamações. Claro. Outros já se jogaram no vazio e agora não mais queriam. Ele nunca o percorreu. Já atravessara a cortina vermelha, mas nunca ficara lá muito tempo. Nunca entrara no mundo dos sonhos demais porque queria entrar com alguem, mas agora... ninguem queria retornar. Todos viam pesadelos.
Isso ele já via, noite e dia. Viver sem vida. Vida sem viver.
Cansara de escutar musicas e sonhar, enquanto outros tinham lembrancas. Cansara de querer ter lembranças, enquanto outros queriam somente acordar. Já mantivera-se acordado tempo demais. Dentro de um caixão fumegante. A fumaça sempre tentava sair, mas não conseguia. Queriam prende-lo dentro, mas sentir a fumaça de fora.

"Eu fui a floresta sugar a essencia da vida , eliminar tudo o que não era vida e não para, ao morrer, descobrir que não vivi." - Henry David Thoreau

Estranho como tudo mudou exatamente quando esta frase saiu de minha parede. E parece que esqueci do que ela dizia... É mais fácil não agir como um animal quando enjaulado, mas não é tão bom quanto ser um animal controlado solto. Com a matilha, andando pela vida, seja pra ver a Lua ou o Sol.... mas pra viver.


-----------

A classificação de um lugar legal deveria ser: boa música, boa comida, bom atendimento, etc. Porque a insistencia, principalmente de casais, em lugares legais serem os repletos degente sexy ou bonita ou etc? A traição, nem que seja em pensamento, está tão infincada na cultura ocidental assim? Mesmo com os desejos, fantasias, isso não seria na verdade, uma insatisfação, posto que estas pessoas normalmente não compartilham este pensamento com quem está ao lado?

+++++++

Acho que uma camisa que dei para a Let neste feriado é, na verdade, a Yoshimi do Flaming Lips. Bem, na minha cabeça, é:-).

-()-()-

Nunca se traia. Nunca se mude por nada. Nunca deixem te ferir. Isso só leva a situações piores.

Tommy, vendo uma luz vindo e em dúvida de ser um trem em sua direção.










terça-feira, dezembro 24, 2002


Acho que desde 1998 não tenho (ou temos?) um ano como 2002:

O que não dá para (eu) esquecer de 2002:

Música:

-Nunca houve uma safra tão divulgada de novas bandas (maravilhosas e outras puro hype), sejam nacionais ou de fora. Só para colocar algumas pelo mérito : Casino, Yeah Yeah Yeahs, Interpol, Orishas, e vou deixar de colocar várias para não parecer puxa saquismo.
-Bandas e pessoas musicais jurassicas (ou não) ressurgiram com estilo : Elvis Costelo, David Bowie, Wilco, Los Hermanos, Lobão, Neil Young (o unico que não queria colocar pois não gostei do album), Racionais
-O independente ganhou força no mundo todo, e as gravadoras, em minha opinião, se não mudarem, quebram em 2004/05. Preços muito caros de coisas sem gosto pop(ular). Lembre-se do ultimo Natal do Supla a 9,90.

Esportes:
-Tenho que falar?
-Penta campeão.
-Fluzão numa semifinal eletrizante.
-O time do Santos dando gosto de qualquer torcedor de qualquer time ver.
-O voley campeão.
-A virada do Ronaldinho.
-Escutar o Leão, ao ser campeão, sacaneando o Ricardo Teixeira.
-O Rubinho realmente ganhou algumas corridas.

Política:
-Desde Outubro, só se fala no Barbudo Grisalho de vermelho que será nosso presidente a partir do ano que vem.
-A Benedita colocando segurança das ruas, mas não nos bolsos dos cariocas.
-A ótima cobertura das marmeladas do Poder pelos jornais. Nunca se viu tanta coisa evidenciada, e tendo consequencias.
-Bush sendo cada vez mais desmoralizado pela futura guerra ao Iraque.
-Ver a ultra direita finalmente mostrar descaradamente as caras pela Europa e não se esconder como alas radicais de partido. Mostrar que o sentimento nazista e xenofita não morreu.
-Ver a campanha do Natal sem Fome com a força que está.
-Ver uma família de "desabrigados" no Centro comemorando que o "companheiro" chegou lá.
-As imagens nos versos do cigarro marcarão gerações. Destaque para o bebê nascidoo com cancer.

Violência:

-Rio de Janeiro, 11 de Setembro. Pânico na Zona Sul.
-Bangu 1. Queimaram o Uê. Não sei se fiquei feliz ou triste. Afinal, alguns colchoes tambem queimaram, coitados.

Filmes:

-Não vou esquecer como uma das piores levas de filmes, de qualquer tipo (de arte, cinemão-pipoca, estrangeiro) ruim.
-Cidade de Deus faz história, apesar de contar uma versão dos fatos já antiga, e fazer muitos acharem que é daquela maneira. A situação piorou muito, a ponto de aquilo ser o máximo que dá pra levar as telas.
-Edificio Master e Onibus 174 fazendo os documentarios brazucas aparecerem com uma qualidade enorme. Nunca senti tanto gosto de ver um.
-Talvez tenhamos o ano em que Almodovar vire um grande diretor até nos USA. Depended do Oscar
-E sua mãe também. Uma versão moderna (e mexicana, se não me engano) do Verão de 52 maravilhosa.

Livros:

-Igualmente a filmes. Acho que até pior. Não tenho um único pra citar, vamos ver:
-Como ser Legal (Nick Horby) é deste ano? E Vida de bebe(Paul Reiser, do seriado Mad About You)? E Inconcebivel(Ben Elton)?
-Num ano onde somente se vendeu Harry Potter, Seu Creisson e auto ajuda, não há o que falar...



Vou até ler umas revistas de retrospectiva, sempre amei isso, e depois atualizao isso aqui.




Feliz Natal, pessoal. Boas festas pra todos
(acho q é o menor post da minha vida, e o mais simples, hehehe)



sábado, dezembro 21, 2002


As vezes a dor fica insuportavel.
As vezes parece melhor acabar com tudo.
Sobram só cigarros e poesia.As vezes, as guerras acabam porque você não lutou.
Porque você não lutou o quanto devia.
Mesmo quando era a única, a única guerra que valesse a pena.

Muitas musicas: Cocoon - Bjork, Hurt-NIN, I Would For You - Jannes Adiction, I am MyselfNot Myself - Stone Temple Pilots.

As vezes oo uncio buraco do casulo se fecha porque voce não o abriu. Porque voce não o abriu.
E o silencio reina.
E a dor...continua insuportavel.
O teclado acaba sendo o que te evita de enlouquecer.
Loucuras de guerra...
Perdi...me



sexta-feira, dezembro 20, 2002


Um dos Top albuns do ano:
Apesar de só conhece-lo em Dezembro, já é disparado um (o O) melhor de 2002:



The Flaming Lips - Yoshimi Battles The Pink Robots

Cá pra nós, que capa foda. E escutando o cd e olhando para ela, você delira. Mesmo.




Quer um motivo para eu ter vergonha de ser engenheiro da UErj?

Clique aqui!
Links errados e HTML versão de 1900 e vovó virgem!!!



quinta-feira, dezembro 19, 2002


Deve estar cheio de erros de portugues, mas o texto foi feito com gosto.
Amanhã eu acabo :

O Filho do Trovão



Anthony enfiara a espada em mais um, mas a noite de insônia deixara-o sem totais forças. Eram muitos. O exercito de bárbaros só crescia, enquanto o seu constava de garotos como ele, de dez a dezoito anos. Muitos berravam o nome de seu pai. Isso sempre o incentivava a lutar mais um pouco, mas quando uma flecha cortara a pele de seu ombro esquerdo, desistira.
O grande problema era que eram tantos inimigos que tina que lutar bravamente até para sair dee campo de batalha. Estes bárbaros não respeitavam nada, invadiam os acampamentos de socorro, os acampamentos das amas-de-leite, e tudo o que encontravam pela frente.
Conseguiu chegar a uma colina onde ficara afastada a guerra. Tentava seguir os ensinamentos que sonhara, de ficar frio perante o genocídio de todos os garotos que cresceram consigo, mas era impossível. Ali estavam seus melhores e únicos amigos. Todos padecendo, um a um. Ali estava o Bolão, que passava desta para um mundo melhor. Ele realmente queria ir com ele. Queria ficar com seu amigo, mas ainda não estava preparado. Não era este seu papel, sentia em seus sonhos.
Não tivera uma presença paterna. Seu pai, o grande Guerreiro, como chamavam, foi o responsável pela principal manutenção do Reino da Bretanha por anos. Todos tinham medo de cães paranormais aparecerem em campo de novo. E até apareceram, durante um período. Mas parecia que quanto mais fazia tempo que seu pai havia morrido, mais os espíritos da Terra deixavam os bárbaros avançar. Pensar que antes nem eram bárbaros que tentavam invadir, mas sim reinos inimigos.
Não sobraram inimigos conhecidos.
Todos padeceram, ou se juntaram. Inimigos viravam amigos pelo bem comum. Afinal, o mal espreitava a todos. Não havia sentido ficarem divididos. Primeiramente, o grande reino da Bretanha, depois os pequenos reinos. Não aceitariam estes intrusoso, sem raça, credo ou cor chegando. Todos com uma mistura, olhos puxados mas forças de vikings. Não podiam ser muito humanos. Ouvira falar de um grande imperador deles, que matara a grande lenda do Homem das Neves. Quando humanos começam a matar os sonhos, é porque estamos numa época sinistra.
Olhara para mais ao seu leste, onde deveria estar o acampamento de socorro. Totalmente destruído por flechas de fogo e pedras, soltas por poderosas acapultas. Será que estes sujeitos não viam que só o que queriam era cada um em seu canto. Já havia discórdia interior demais para precisarem de mais confusão.
Lá no fundo, via o resto do grande castelo. Onde seu pai tornara-se lenda. Seus familiares deviam ter voltado para lá. Lá ninguém entrava. Por mais fracos que os Lobos Espirituais estivessem, ninguém entrava lá. Pois se não fossem os Lobos, eram os Dragões. Era como se o lugar usasse de todos os recursos para se proteger.
Começara a andar para lá. O som das espadas batendo ainda estava ao seu alcance. Em cada dois berros, um feria sua lama, pois era alguém que lhe valia muito. Um amigo de infância, um professor, um irmão de sangue. De sangue dos inimigos.
Tinham perdido metade da Bretanha. Metade. O jogo estava empatado. Lembrava de ver o grande chefe jogando um jogo, jurava que o nome era Xadrez (achava engraçado, pois o nome original, Xez, viera dos próprios bárbaros que lutava contra, do próprio chefe dos bárbaros que o batizara).
Havia alguns guerreiros no meio do caminho. Alguns inimigos, alguns amigos. Encravava a lança sem piedade em seus inimigos. Sem ora nem nada. Já em seus amigos... doía muito. Via cada um que o ajudara desde criança a se preparar para aquela batalha que estavam. A batalha pela vida decente. Achavam, na época, que a guerra, na verdade, era contra os pequenos reinos que iam contra o grande Rei, mas não demorou muito a perceber que não. Estavam sendo preparados (e até travando batalhas de iniciação) para a grande Batalha, que seria para defender seu reino. Sua terra. Sua vida.
Fazia uma oração, conforme seu pastor havia o ensinado, e encravava a espada, sem dor nem piedade. Um guerreiro sabe a hora de morrer, apesar de se sentir imortal. Talvez fossem os constantes sonhos que tinha com seu pai, que o fazia sentir que grandes guerreiros, mesmo após a morte, continuavam a seguir seu rumo para a vitória. Seus amigos, até você, Fabrice, morrendo... Tudo bem, vá em paz, pois estará junto ded nós quando a hora do Julgamento Final chegar. A hora em que Deus olhará para nós e verá quem são os justos que deverão ficar.
Hoje olhando a herança que Tommy me deixou, acho graça. Ele pensava que conseguiria lutar por Deus para ficar na Terra, enquanto nos ensinam que lutamos por um lugar no céu. Mesmas mentiras, as lutas mudam, mas não o enganador... Continuando, Anthony continuou seu caminho até o castelo, sempre exterminando quem estivesse em seu caminho, fosse amigo ou inimigo.
Chegando lá viu sua família. Meu Deus, mesmo sendo um bebê, juro que me lembro daquele nobre guerreiro, com almas de amigos em volta como se fazendo uma aura protetora, e inimigos tentando fura-la, olhando para mim com os olhos frios.
Frios.
Frios para vocês.
Eu sentia a emoção por detrás deles. Fosse um bebê, fosse um adulto, eu sei sentir isto. Vai ver foi um dos dons que me deram, nunca saberei ao certo. Mas vi que sofria. Sofria, pois perdiam a batalha.
Ele a abraçou com tanta força que meus ossos recém consolidados craquearam. Eles se olhavam, quietos, conversando com os olhos. Hoje me arrependo de ter ficado tão fascinado com a espada de meu irmão, apesar de saber o porquê. Mas aquela conversa deve ter passado tudo o que eu não sei sobre o que aconteceu. Tenho certeza.
Vi que mamãe apontou com o nariz para uma arvore, num vale na frente do castelo. Fora para lá que Tommy se encaminhara durante a noite. Alguns de seus amigos vieram, vivos, para se recuperar dos ferimentos. Eram Doze. Doze guerreiros, todos os guerreiros que sobraram da grande Bretanha. Todos. Doze. Muitas mulheres tinham se deixado levar pelos bárbaros. Eles abusavam delas (argh, só de lembrar das cenas que tive que presenciar... eu era um bebe, como puderam...), mas as deixavam vivas para darem luz a novos guerreiros.
A partir daqui, segue o que me foi relatado anos depois:
Tommy falara que ia tentar ver se os espíritos estariam ao seu lado. Para isso, pedira solidão em volta da arvore. Viu um pedaço de madeira, onde precariamente haviam escritos sobre nosso pai. Sentira uma vontade mais forte de se juntar a seu lugar sagrado, dentro das ruinas do castelo.
E fora para lá que foi. Os guerreiros, abatidos, não o impediram, apesar de achar que lá deviam haver guerreiros bárbaros escondidos. Mas ele foi, e apesar de escutarem alguns estalidos de espada (alguns acham que sinal da loucura que o acometera depois, outros que duelava contra seus próprios demônios, alguns realmente acham que haviam bárbaros), ele chegara ao seu altar. Lá estava a imagem de sua amada, morta em batalha. Achava que lá estava tudo que amou na vida. Sua mulher e seu filho não nascido.
Relatos contam que ele teria se deitado no altar, porem alguns espinhos, formados pelas próprias flores que ele deixara lá, tornaram-se espinhos. Ervas daninhas. Elas tentavam prende-lo e enfiar seus espetos em seu peito. Ele saíra gritando: “Não! Ainda não é hora de nos juntarmos! Eu vencerei onde você falhou”, e correra quase que instintivamente para a arvore de seu pai.
Os relatos, a partir deste momento, ficariam obtusos demais para relatar-lhes, mas passarei a idéia que, creio eu, depois de todo este tempo, creio que é a verdadeira: ao abraçar a arvore, Tommy caíra em prantos de lagrimas, berrando que haviam perdido, que não havia mais porquê. Repentinamente a noite, que estava fria demais para os musculos sonolentos dos rapazes, acordara e esquentara. Todos sentiam naquela sinceridade e naquele desespero, vindo do líder deles, o mais experiente, não um desespero que surgira depois como algo “ nosso líder desistiu! Vamos Desistir”, mas sim que eles, todos da mesma idade, deveriam ajudá-lo. Por uma noite, todos eles se abraçaram em volta ded uma arvore, um grande abraço pela própria vida de cada um. Cada um tivera a lembrança pessoal que deveriam: os pais guerreiros mortos, a mãe denegrida pelos bárbaros, algum irmão ou grande amigo morto.
E foi no momento em que todos abriram os olhos cheios de lagrimas que viram. Um cavalo branco, forte, com um cheiro de vida, com um guerreiro com uma armadura semelhante a de Anthony, somente que de madeira, acima, relinchava e andava em volta deles. Perceberam que não estavam mais abraçando ninguém, que Anthony desaparecera e que a árvore também. Sobrara-se duas lapides. Uma delas numa língua semelhante a deles, mas que ninguém conseguia entender o significado.
-Não se render sem luta! Vingar os mortos passados, presentes e futuros! Berrava o guerreiro em cima do cavalo, com uma voz bem semelhante a de Tommy. – Nosso Rei terá que passar amanhã, as alvorecer do Sol, para se estabelecer em seu castelo. E devemos lutar por isso1 Nosso Rei ou nenhum de nós.
E descera do cavalo. Andava entre os guerreiros, ainda escorriam lágrimas entre seus olhos. O cheiro daquela armadura...sim, era madeira, mas uma madeira tão...viva. Sentiam como se um Guerreiro da Terra tivesse vindo para ajuda-los.
-Cada lagrima escorrida é um guerreiro que se esvaeceu no limbo da guerra, mas fortalecerá o dono de sua lagrima na hora do Julgamento Final. A Terra é nossa, a Bretanha é nossa, ou de mais ninguém. Morreremos tentando salvar nossa terra, ou não valerá porque viver. – brandava o guerreiro.
Já deviam ser o que hoje chamamos de fim da madrugada. Umas quatro, cinco da manhã. Os guerreiros sobreviventes, os doze, não entenderam nada do que viram. Ficaram por um período indeterminado em volta de uma arvore que nunca existira, consolando um guerreiro que não estava lá. Mas se consolaram. Um ao outro. Sentiram todas as mágoas passando. Uns sentiram seus pais ao lado, outros seus irmãos. Mas todos sentiram, apesar da noite não dormida, suas forças revigoradas. Tinham que vencer, até a ultima gota de suor. Pois a ultima gota de lagrima que tinham que dar pelos mortos já tinha sido dada. Agora só sobrara a gota de lagrima de suas próprias mortes



Neste momento, enquanto mamãe dormia, aprendera como engatinhar. E sentia algo como me orientando para uma direção. Pelas memórias que tenho (e garanto, não são poucas, por isso é fácil me embraralhar em que eu não tenho escrito), andei em direção ao Sol, digo, a Lua.




Os Doze levantaram-se quase simultaneamente. Cada um olhava para o outro com uma cara de espanto. Pareciam ver fantasmas em volta, e muitos realmente viram.
Um berro veio do acampamento dos bárbaros. Lobos, reconheceram o berro por outros dias. Era a hora. A hora de se levantar.....


Continua.




Só poso dizer o seguinte:
Today is my worst day.
Perdi uma guerra, uma batalha está empatada
Serviu para começar a criar a continuação do meu texto preferido, Hela. UERJ 2x2 Paulo.

No momento, me sinto como Charlie Dalton, na caverna dos Poetas Mortos, tocando no sax (Fabio, voce que talvez nao tenha visto este filme, veja) :

CHARLIE
Laughing, crying, tumbling, mumbling.
Gotta do more. Gotta be more.

CHARLIE
Chaos screaming, chaos dreaming. Gotta
do more! Gotta be more!




Frase do dia:

"Não esquecer as músicas que nos fizeram chorar, não esquecer as músicas que salvaram nossas vidas." - Rubber Ring - Morissey




Recuado - Dar a ré em direçào ao cu
Acuado - Colocar o cu contra a parede
Prudente - como uma puta
Puta - protegido, isolado (seria o que fizeram com as mulheres da vida, as isolaram)



quarta-feira, dezembro 18, 2002


Coisa séria:

Decidi fazer algo nestas férias. Bem séria, apesar de ser absolutamente inútil para todo o planeta. Mas talvez não para os 13 que pasam por aqui.
Além da mudança do layout do blog, vou criar outro. Talvez um portalzinho de coisas, mas no mínimo, um blog.
Sobre o que?
a idéia veio do título 100 Cigarros, um filme muuuuito legal para quem viveu mesmo os 80. Resolvi fazer o Discos. Pensei em muitos nomes, 1000 albuns, Durval Discos (po , num vi ainda), mas ficou este porque não tenho a menor idéia de número de álbuns que vou catalogar.
Ontem, fiquei olhando meus cds e pensando e relembrando Alta Fidelidade e da minha vida.
Resolvi então falar de cada banda, de cada álbum, de cada fase, e do que o álbum é pra mim.
Sim, um trabalho de cão. Esqueci de citar algo : colocar um comentário por música.
Alguém já viu algo assim? Não, acho que ninguém é maluco o suficiente para fazer isso.

Bem, eu sou maluco o suficiente.
E você?

Convoco cada um que passar por aqui para, se qusier, colocar algo de alguns discos que tenha, mas com um detalhe : tem que preencher tudo dele. Pode até ser raso, mas nada que seja menos de : falar sobre a banda, o álbum (se tem algo especial na historia de uma geracão, e na sua), e falar de, no minimo, alguma musica que tenha algo especial para voce ou tenha sido a musica que fez sucesso.

Acho que é o projeto mais louco que já criei, mas acho que isso é bem foda. Já estou tratando que catar imagens de tudo quanto é álbum e pensando em colocar as letras em alguns.

Comentem para eu saber se é uma boa idéia ou devo parar em Botafogo e pedir para me internarem no Pinel.




Estava dormindo na boa, quando a mulher do meu lado começou a berrar.
A bolsa estourou.
Engraçado como realmente o povo da Zona Norte é atencioso com os outros nesta hora. Todo mundo ligando pros bombeiros, tentando encontrar um hospital perto, o motorista mudando o caminho, etc.
Bem estranho este líquido da tal bolsa. Achei que fosse pura água, mas nào é não, é...esquisito.
Bem, acho que, neste momento, já devemos ter mais um bebê no mundo. Garanto que ele vai escutar muito sobre a história de seu nascimento e vai achar que é exagero da mãe (todos os pais sempre colocam algo incrivel nos nascimentos e na gravidez, como que não era pra nascer, ou que a mãe quase morreu, ou o bebe quase morreu, etc).

Ao som de Racionais, com a música do dia, o cd do dia, a frase do Dia:
"Nunca foi fácil, junte seus pedaços e desça para a rena, mas lembre-se, aconteça o que acontecer, nada como um dia após o outro dia."






terça-feira, dezembro 17, 2002






A unica musica do Sonic Youth acustica, a trilha sonora do meu serão. Linda:

Winner's Blues

...ifor by the away, go out not today (?)
move back along and wait a long long time
nothing running free, you gotta time it all
run out the door come back when you score
new times will come and you will see a door
into the lion eye and now i'm gone
and it's out
and it's not what you thought it was about
but a life, that you know
will keep you bound in...

sometimes you win, sometimes you lose
sometimes you got still the blues for me
I could run away, a long time to stay
burn out your eyes, burn out surprise
look out today you know it's not the same
it's all the rage, it's every day
and it's out
and it's not what you thought it was about
but a life, that you know
will keep you round in love


How i feel this night?




Não dizem que vinho e uisque melhoram ao envelhecer?

Pois digo isso do Depeche Mode. Sempre fui fã irrestrito do Ultra, o penúltimo deles (creio eu). Agora acabei de comprar o último, Exciter. Que cosia foda. Eles conseguiram fazer algo que não consigo encontrar por aí: músicas com batidas tecno com estilo trip hop sem ser totalmente depressiva. Talvez até sejam, eu que perco o parametro ao escutar Portishead. Mas a voz, que sempre foi maravilhosa, depois de fazer nos 80 dancarmos loucamente (crianças ou adolescentes), agora parece como a Legião Urbana, já que amadurecemos, nos dá uma música menos boate e mais tarde de trabalho.

O engraçado é que enquanto Prodigy atingia o auge da fusão de rock pesado e tecno, eles faziam o mesmo, chegando na perfeição do "soft rock", cool rock, etc, e o tecno. Ok, o Ultra estava com algumas músicas (por coincidencia e jogada comercial, as duas que tocaram em radios e clipes, It's No Good e Barrel of a Gun) mais pesadas, mas o cd não era assim.

UPDATE: Lembrei q eles fizeram o ótimo e meio pesadao-gotico Songs Of Faith and Devotation. Caramba, eles nunca sumiram totalmente! Que foda, ja tem ...20 anos?

Os camelos do Rio de Janeiro comearam a fazer queimas de Natal, de cosias vellhissimas como Belle e Sebastian (imagina, arcaico, de 2001), Strokes (o que? Isso é do fim do ano passado! Que velharia!) e até, acreditem se quiser, The Vines e The Hives (sim, esta coisa velhinha, tem uns dois meses).


Pensamentos Imperfeitos:

Porque, logo no banheiro, a tomada sempre esta colada debaixo do interruptor?



segunda-feira, dezembro 16, 2002


Fumando espero aquela a quem mais quero

"Para europeus, é mais fácil ficar sem sexo do que sem cigarros. Uma pesquisa mostrou que cerca de 80% dos fumantes britânicos e quase 70% dos holandeses, franceses e alemães prefeririam deixar o sexo de lado por um mês a viver sem cigarros."
Ciência Online, 9.dez.2002

Deitado ao lado da namorada, no apartamento dela, ele suspirou satisfeito. Tinham feito amor -uma grande relação- e agora só faltava uma coisa para deixá-lo completamente feliz: um cigarro. Estendeu a mão, apanhou o maço na mesinha de cabeceira, mas teve uma decepção: estava vazio. Com um suspiro, levantou-se e começou a se vestir.
- Onde é que você vai? -estranhou a moça.
- Comprar cigarros, disse ele. - O meu maço terminou.
- Mas são 2h da madrugada! -protestou ela. - Você não pode deixar isso para a manhã?
- Não posso. - Ele sorriu. - Você sabe, eu sou como muitos europeus: completamente dependente do cigarro. Posso ficar sem qualquer coisa, mas não posso ficar sem fumar.
- Não acho graça, disse ela, seca. - Que você fume ou não, pouco me importa. Mas que você me deixe para ir comprar cigarros é uma coisa que não posso suportar. Você vai ter de escolher: os cigarros ou eu.
Ele não respondeu. Terminou de se vestir, sorriu de novo -estava acostumado com aquelas briguinhas - e saiu. Pensava que logo retornaria, mas isso não aconteceu: teve de caminhar um bom pedaço até encontrar um lugar que vendia sua marca predileta. E aí, fumando, voltou para o apartamento. Abriu a porta -tinha a chave- e ficou surpreso ao ouvir risinhos debochados. Entrou no quarto, e lá estava ela, sua namorada, com um rapaz. Os dois nus. E, pelo jeito, tinham acabado de fazer amor.
- Quero apresentar a você o meu vizinho, o Quico, disse ela, bem-humorada. - Ele tem inúmeras qualidades: é carinhoso, gentil, faz as minhas vontades.Ah, sim: não fuma. O que, como você sabe, é muito importante.
Ele não disse nada. Apanhou o resto de suas coisas, um porta-retratos com sua própria foto e saiu sem se despedir. O caso estava, obviamente, terminado.
No corredor do prédio, não pôde conter um soluço. Afinal de contas, ele amava a moça. Nunca imaginaria que terminariam por um motivo tão estúpido.
Tirou o maço de cigarros do bolso: essa coisa ainda vai me matar, pensou.
Ainda vou parar no hospital com enfisema ou com um câncer de pulmão.
E aí sorriu de novo. E se, no hospital, ele encontrasse uma bela enfermeirinha, meiga, carinhosa, a mulher de sua vida? E se os dois se apaixonassem perdidamente? Enfisema ou não, câncer ou não, estaria vingado.
A outra que ficasse com seu abstêmio. Ele seria feliz para sempre.
Acendeu o cigarro, deu uma longa tragada. E aí tossiu um pouco. Normal: acontece com todos os fumantes, mesmo os mais experientes, mesmo aqueles que, fumando, esperam pela mulher de suas vidas.



sexta-feira, dezembro 13, 2002


Braço a torcer - Flaming Lips

Ontem, como todas as vezes que demoro no trabalho, tinha que me downloadear um cd de presente. E desta vez foi o ultimo do Flaming Lips. Não escuto-os desde o comeo dos anos noventa. Eram bem punks. Agora estão com um funkeado moderno. Isso mesmo. Uma banda punk mudando assim. mas o pior que está muito bom mesmo. Acho que é pelo toque new wave nas musicas. Me lembrando as vezes trilhas sonoras antigas de filmes dos anos noventa. Bem legal.

A Elite pode Piratear - pensa Cesar


O Cesar, nobre Cesar dos Rios de Janeiro, esta com uma campanha violentissima contra os camelos.
mas em nenhum momento lutou contra a pirataria virtual perceberam? Nem citou. Logo a que menos da emprego. Melhor, não da emprego.
Que é isso? Quem tem dinheiro pode economiazr e quem tem um computador doado tem que ter softwares ou vagabundos ou de revista (alguns muito bons, diga-se de passagem)?

Chifres e mas chifres:

Cara, em uma madrugada e uma manhã tive todo um estudo de chifres feito. Deve dar bons textos.
mas o que eu mais ri de manhã foi um cara na banca falando com um amigo (claro, saradissimos, advogados, e com cabelo com gel ate o bulbo capilar) sobre mulheres, putas, etc. E a namorada, linda, ali com uma cara meio triste olhando para todo mundo que passava. Na hora achei que era cara de quem procurava outro, mas agora acho que era mais inveja. Entendo isso, todo mundo já passou por isso

E pra frechar, duro ler uma entrevista do genial Keneth Maxwell dizendo que Arminio Fraga é importantissimo para o Brasil
Duro porque dá pra perceber claramente que ele não está errado. Mas também nào absolutamente certo. Isto é engraçado em certos jornalistas americanos, ler que eles tem otimas ideias mas vacilam quanto a defesa do seu proprio pais, o que é natural. Mas o que eles nào dizem é o seguinte : assim como é absurdo o Brasil pedir bilhoes de dolares e não querer participar da ALCA, é absurdo escutar um presidente dizer que o Lula é do eixo do mal e que a america latina esta chegando no ponto da Africa. Sem contar de outras coisas.

Não encontrei imagens esta semana, fazer o que? Talvez hoje ainda encontre.
bem, encontrei dois sites de uma mesma garota bem fodas, http://freethought.deviantart.com/ e http://ft-stock.deviantart.com/.


Uma imagem meio bizarra pra não ficar na falta :



quinta-feira, dezembro 12, 2002


Assim como chega ao fim mais uma fase da votação do prêmio , vou fazer meu top10 do ano de sites:

1-Scream and Yell - http://www.screamandyell.com.br : mal começou e já fechou, mas com a certeza de ter sido um puta projeto. Ainda tá lá, podem ir q garanto que encontrarão alguma dica de música, livro, contos, peas, filme, etc.
2-DeviantArt - http://www.deviantart.com - o melhor "album" virtual. Grandes designers do mundo todo colocando obras gratuitas. Sem contar a interação que rola de fàs e criadores. Já tive uns 20 wallpapers de lá estes meses
3-NoMinimo - http://www.nominimo.com.br - ok, não está tào redondo quanto quando era somente No(ponto), mas só de poder ler diariamente os colunistas que lá estào, já vale a pena
4-Literal - http://www.literal.com.br - Só digo cinco coisas : Rubem Fonseca, Zuenir Ventura, Ferreira Gullar, Lygia Teles e Veríssimo. Quer mais?
5-Americanas/Submarino - detonaram os preços do mundo real. Nem sei mais o que é comprar em loja. O e-commerce teve seu ano, sem dúvida.
6-Eu hein / Pulso Único - dois blogs que mostraram um dos principais papéis do blog, de informação, mas de coisas mas inúteis e muito bem feitas (imagens e jogos, respectivamente)
7-NinjaI - http://www.ninjai.com - um puta desenho, bem diferente.

Depois penso em outros...


Estranho. Sempre adorei trabalhar de madrugada, de noite, em horarios esdruxulos. Ainda gosto. Mas sabe quando você se sente fora do eixo? Absolutamente? Sei que sou um Xamichee (quem não entendeu, use a busca), ou o Homem Borrado (se não entendeu, veja Desconstruindo Harry), mas sei lá. É estranho. Como quando tudo comea a dar certo, uma parte importante muda. Acho que talvez seja a merda de um lado maduro. Se sentir sério demais, passar seriedade demais, mas não conseguir mostrar que isso é trabalho. Nem sei o que falar direito, só que depois desta noite preciso colocar o lay out novo logo. A merda é que eu conseguir passar o que penso pra cá... ainda com o daltonismo que só anda piorando por estes meses... sei lá...

Quem estranhou este texto aí embaixo, ele foi um dos primeiros de uma puta retomada. Pra quem não vi este blog ainda no Ig, foi quando uns amigos punks me chamaram para o Chinewski e retomei o que me deixa são, escrever. O problema é que vi que quanto mais eu escrevo, mais as pessoas se distanciam, exceto as que me conhecem. Há seu lado bom e ruim. E descobri hoje um novo lado bom : quanto mais bizarras as pessoas ficam ao se afastar, e eu tendo que parecer que acho normal esta frieza, mais me dá inspiraçao.
Pensando bem, este é um mau lado... Ah, o grande problema da timidez e da aparencia séria e maluca ao mesmo tempo....




O Monstro do Armario

João Paulo acabou o dever de casa. Já estava com sono. Estava dormindo muito mal nas últimas noites. Desde que viu um capítulo de um desenho d`Os Caça Fantasmas, onde apareceu um monstro que vivia dentro do armário. O monstro vivia em outra dimensão e tinha vários braços, dentes afiados e uma aparência terrível. Ele queria ser igual ao Peter Venkman quando crescesse. Ele era engraçado, legal, e tinha um jeito com as garotas. E o melhor de tudo, ele sempre pegava os fantasmas e salvava seus amigos quando eles estavam em apuros.

Mas ele não precisava ser o Peter para ficar livre dos fantasmas. Ele tinha seu cobertor mágico. Seu pai deu-lhe no dia em que estava com medo do tiroteio da favela ao lado da casa. Ele achou que eram meteoros caindo , igual ao filme que seu irmão o fez ver. Seu pai falou que ele nãoprecisava ter medo de mais nada, pois aquele cobertor era mágico. Ele era igual o do garoto de um desenho que o pai dele via, Snoopy. Disse que, assim como ele dava sorte ao garoto no desenho, ele ia protegê-lo de qualquer coisa.

Cobriu-se e foi dormir. Começou a sonhar com o jogo de futebol do dia seguinte. Ele estava jogando muito, tinha feito um gol de bicicleta, mais bonito que qualquer um que já viu. Olhou para o lado do campo e lá estava a garotinha ruiva, Aline, que ele gostava. Ela sorriu para ele e mandou um beijo. Os amigos foram abraça-lo comemorar um gol. Escutou um grito. Era a garota sendo pega pelo bicho papão. Ele colocou-a dentro de um saco. João berrou. O bicho olhou sorridente para ele, apontando-o com um de seus vários dedos em uma de suas várias mãos. ?Você é o próximo? ? sentiu em sua cabeça. Escutou também o berro de sua mãe vindo de algum lugar.

Sentou-se repentinamente na cama. Continuou a escutar sua mãe berrando. Pensou em berrar, mas apavorou-se. Seu pai também berrava. ?Somos só nós, nosso filho está viajando!?, escutou. Seu boneco de astronauta de um filme parecia estar com um laser apontado para ele, com um sorriso maroto na cara.

Novamente, cobriu-se e tentou ignorar o som. O cobertor mágico ia salvá-lo. O bicho papão pegou seus pais, mas não ia pegá-lo. Tentou, tentou e não conseguiu. Olhava por um espaço entre o cobertor e a cama sua porta encostada. Uma sombra foi se aproximando. ?Não, ele não!?, berrava sua mãe, bem abafado. A sombra parecia enorme, magra e alta. Escutava sua nova empregada falar algo bem longe. O bicho papão já devia tê-la pego.

Conseguiu ver o rosto do monstro. Ele não era como no desenho. Mais parecia um adulto. Mas ele era um monstro: não tinha olhos nem cabelos, tinha uma pele escura e como que listrada, semelhante a um tecido. Um nó no topo da cabeça, como se tivessem-na arrancado. Mas a boca o amedrontou. A boca parecia estar por detrás desta pele. ?Tem alguém aqui??, falou a boca ao entrar. Conseguiu ver que , ao contrário do desenho, este monstro não tinha vários dentes, nem os da frente.

Cobriu-se de novo e tentou pensar em seu aniversário de 10 anos que seria na semana que vem. Ia ganhar um álbum novo do É o Tchan. Sentiu uma mão procurando-o na cama. A mão pegou sua perna pelo cobertor. Desejou ao máximo que o cobertor o protegesse. A mão soltou-o logo e escutou: Fique quieto e nada te acontecerá. Tentou controlar sua respiração e se acalmar. ?Você é um bom moleque, vai ficarquieto.?, disse a voz gutural.

Sim! O bicho papão só pegava meninos maus. Ficou ali, quieto, estudando os sons. Barulhos de coisas caindo e alguma se quebrando. Deviam ser seus brinquedos. ?Isto meu garoto deve gostar?, falou a voz. Escutou os passos se distanciarem. Olhou por um novo espaço e viu que o bicho não tinha mãos, mas um metal reluzente. Que bicho papão moderno, pensou. E ainda tem um filho!

?Fique na paz aí, durma,que tudo vai ficar beleza, bro.?, falou a voz. Não entendeu muito, mas preferiu ficar quieto até a sombra sumir. Os passos iam sumindo. Escutou uma porta batendo e uma correria. Dois barulhos altos, como os meteoros que jurava ter escutado há tempos. ?Meu filho!?, berrou sua mãe. Lembrou-se de Peter. O que Peter faria?

Cobriu-se com o cobertor como uma capa, levantou-se e pegou seu cavalo de madeira. Há quanto tempo não o usava para algo. Segurou-o como uma espada, como viu em alguns filmes e desenhos, e saiu do quarto. A urina começou a descer por suas pernas trêmulas. ?Meu filho!Onde você está??, berrava sua mãe do quarto de vestir. Andou para lá vagarosamente. ?Mãe??, perguntava baixo. Entrou no quarto e viu várias roupas no chão. O terno de seu pai, o vestido de casamento de sua mãe. Um pacote, rasgado, do tamanho de um cd com um cartão colado dizendo : ?Com amor, de seus pais?. ?Mãe??, perguntou. Ela berrou. O som vinha de dentro do armário. Ele devia estar prendendo-os lá!

Enfrentou seu medo e abriu o armário. Lá estavam seus pais. Sua mãe com as mãos e pés amarradas com uma saia e um vestido. Seu pai dormindo, com sangue escorrendo da testa. ?Meu filho, disse a mãe, pulando para perto dele. O garoto pegou o cavalo e bateu no fundo do armário. Nenhuma passagem secreta para a casa do bicho papão. Agora ele já fora. Já levara a menina malvada da casa, a nova empregada.

Enquanto desamarrava sua mãe, seu pai acordou. ?Aquela filha da puta, quem era aquele cara que veio falar com ela? ?, resmungou ao acordar. Seu filho pos a mão em sua boca. Seus pais vieram abraça-lo. Ele cobriu a todos com o cobertor. ?Tudo ficará bem, gente. O bicho papão já se foi.?, disse, caindo no colo da mãe.

- por Caim





Más descobertas, boas re-descobertas

Ryan Adams - Demolition - Tanto se falou, e tive uma cagada histórica de encontrá-lo. Agora me arrependo de não ter comprado o cd de Beth Gibbons, a vocalista do Portishead. Nào que o Ryan Adams seja ruim. É muito bom, mas não fez o meu estilo, pelo menos não o que esperava.
Foram precisos quando falaram que este cd se aproximava do Nebraska, do Bruce Springsteen. Ele tem boas letras mesmo, mas esta cosia de al. country... Prefiro Elliott Smith e John Mayer, que por acaso passou dia desses no Dave Letterman.

David Bowie - Heathen - Já tinha falado neste album a meses, mas vi algo muito bom neste album. Andava sentindo falta de musicas que te mudam de estado de espirito, sabe? Porra, desde Elliott Smith e BossHog não encontro nada que me fizesse isso. Mas o album todo é uma montanha russa de sensações. A abertura é, disparado, minha preferida. Umas guitarras e teclados minimalistas perfeitos. Estava precisando disso.

Capa do Extra de hoje : Aumento de 100% ao governador. Servidores ainda não viram o 13o. Genial. Dona Rosangela já falou que não aceitará. Isso vindo de alguem que ia receber aposentadoria precoce de governadora...sei não.

Lula anuncia ministros : dolar cai 2,2342%
Romario ameaça ir ao Corintians : dolar cai 13%
Vampeta se machuca : dolar sobe 5%
Arminio falando que PT vai manter diretores : dolar desce 5,2345251%
Hoje estava engarrafado na rua dos Almeida e o carro do Souza não pegou : dolar sobe 0,3%

Vou republicar uns textos do chinewski por aqui antes que o domínio suma. Não estranhem muitos textos reaparecendo.



quarta-feira, dezembro 11, 2002


Cara, me diz como se perde uns oito kilos em menos de um mês?
simples. Não coma legumes verduras e frutas durante décadas.
Agora, comece a comer.
Viu? Acho que ainda perco mais uns dez assim, facil facil.

Claro que ir jogar bola fez bem. Para alguem que é cdf (come dorme e fode), é como os doze trabalhos de Hercules. E estou cismado que quebrei um dedo , logo o mindinho. Vou ver depois.
Achei que deveria estar de férias, mas ainda não consegui. De sexta a segunda maratona. Quatro provas em tres dias.

E hoje comecarei a fazer uma receita de bolo para burlagem de códigos de DVD. Softwares gratuitos, DVD-rom e um cd-rw são tudo que precisa.
Não, me engano, também de uma maquina possante. Caso contrario, demorara mais que 5 horas.

Ao som de Ryan Adams - Demolition, falarei sobre em breve, esperando para ter férias...



segunda-feira, dezembro 09, 2002


O Mistério dos Guarda Chuvas

Todo mundo sempre fala da dimensão dos guarda chuvas.
mas ninguém percebeu que eles começam a pipocar na mào de camelôs na mesma taxa que as pessoas perdem?
Be aware. be very aware....



sexta-feira, dezembro 06, 2002


Trilha sonora de Hoje:


The White Stripes - white blood cells

Realmente é um puta cd. Nem sinto falta do baixo, mesmo. Ganhei num amigo oculto. Queria este e não os outros peloas seguintes musicas:
-The Same Boy You've Always Know e We're Going to be Friends - estas 2 baladas deles sào lindas. E o rock deles já sei q são otimos, então quis pelo menos garantir estas duas raras e lindas baladas.

Imagens da semana :

http://www.deviantart.com/deviation/988841
http://www.deviantart.com/view/988839
Vou pegar as que peguei em casa e colocar o link aqui.

A de hoje :

MP3s do dia Varios shows ao vivo do My Bloody Valentine . A qualidade não é grande, mas asmusicas...porra, que musicas...
Em homenagem a eles, e para fazer um post bem visual, aqui vão algumas das melhores capas dos 80/90:







Mantendo o tom sério e político do blog, agora a letra de uma música muito séria do grande Chico Buarque

Piruetas

( Enriquez e Bardotti, versão Chico Buarque - 1981)


Uma pirueta
Duas piruetas
Bravo, bravo
Superpiruetas
Ultrapiruetas
Bravo, bravo
Salta sobre
A arquibancada
E tomba de nariz
Que a moçada
Vai pedir bis
Que a moçada
Vai pedir bis


Quatro cambalhotas
Cinco cambalhotas
Bravo, bravo
Arequicambalhotas
Hipercambalhotas
Bravo, bravo
Rompe a lona
Beija as nuvens
Tomba de nariz
Que os jovens
Vão pedir bis
Que os jovens
Vão pedir bis


No intervalo
Tem cheirim de macarrão
E a barriga ronca
Mais do que um trovão
Quero um prato
Cê tá louco
Quero um pouco
Cê tá chato
Só um pedaço
Cê tá gordo
Eu te mordo
Seu palhaço
Olha o público
Cansado de esperar
O espetáculo não
Pode parar


Vinte piruetas
Trinta piruetas
Bravo, bravo
Polipiruetas
Maxipiruetas
Bravo, bravo
Sobe ao céu
Fura a calota
E tomba de bumbum
Que a patota
Grita mais um
Que a patota
Grita mais um


No intervalo
Tem cheirim de macarrão
E a barriga ronca
Mais do que um leão
Quero um prato
Cê tá louco
Quero um pouco
Cê tá chato
Só um pedaço
Cê tá gordo
Eu te mordo
Seu palhaço
Olha o público
Cansado de esperar
O espetáculo
Não pode parar


Dez mil cambalhotas
Cem mil cambalhotas
Bravo, bravo
Maxicambalhotas
Extracambalhotas
Bravo, bravo
Salta além
Da atmosfera
E cai onde cair
Que a galera
Morre de rir
Que a galera
Morre de rir


Ai, minhas costelas
Já tô vendo estrelas
Bravo, bravo
Ai, minha cachola
Não tô bom da bola
Bravo, bravo
Lona... nuvens
Tomba no hospital
Uma pirueta
Uma cabriola
Uma cambalhota
Não tô bom da bola
E o pessoal
Delira...
Maxipirulito...
Ultravioleta...
Bravo, bravo!




quarta-feira, dezembro 04, 2002


Pessoal, está gigante mas achei bem legal, é um daqueles que dá meio que orgulho. Podia ser melhor, mas estou desenferrujando.
E acho que, se bobear, muita gente nem vai saber do que fala...

Leia ao som de algo que tenha rap ou rock (ou ambos)




O Diário de Brasília (23/02/2001), capa, canto inferior direito

Homem mata família e se suicida

Mais um caso de violência doméstica levando a mortes no Planalto Central. Diador, aposentado de 56 anos, alcoólatra, (...) chegando em casa após perder dinheiro em uma partida de pôquer em um bar (...) mata a mulher, Edineide, e seus dois filhos, Aderval (19) e Cleidilene (16).(...) Os detetives acreditam que o filho tentou evitar o crime e teve uma grande briga com o pai, dado os ferimentos encontrados na família (...). Os vizinhos não quiseram comentar sobre o caso, mas a polícia disse que interrogou alguns e foi confirmada a constante violência de Diador com sua família (...)


O Limpador


i.

-O retardado fez merda de novo, vamos precisar de você.
-Você está ciente que este é um caso complicado.
-Sim, eu quero agora. AGORA.
-Tudo bem, mas terá o seu preço. Não quero saber, preciso disso feito AGORA!


ii.

Finalmente o verão acabava. O calor árido de Brasília estava a deixando maluca. Sentia saudades de as casa em Pernambuco. Lá, ao menos, podia ir nos feriados para a praia e curtir mais a sua família. Maldito dia que resolveu se casar com aquele vagabundo. Pelo menos, parou de beber, mas ainda se arrependia de ter saído de Pernambuco. Sua casa, seu lar. Onde todos os amigos moravam.
Fora limpar os banheiros. Não, pensou bem. Não estavam todos seus amigos lá. A maior parte saíra para o Rio e São Paulo, tentar encontrar trabalho lá. É, disso ela não podia reclamar do marido, se não fosse ele, não ia ter o trabalho que tinha. Mas, pensando melhor, ele prometeu dar-lhe tudo. TUDO! Ele não tinha nada. Era um merda de um ascensorista, o que podia esperar? Pelo menos aquele derrame deixou-o se aposentar mais cedo.
Como político cagava, ela pensava e ria sozinha. O cheiro daqueles banheiros era assustador. Sempre fora uma brincadeira de todas as faxineiras. Se eles já fazem merda pra gente lá fora, pra que tem que fazer aqui dentro? Haja merda! Adoravam ficar de piadas sobre eles. Lembrava de uma vez que a Clotilde, revoltada com um senador que a empurrou para passar e ainda reclamando dela estar no caminho, não colocou papel higiênico por alguns dias em seu banheiro privativo. Quando escutava a descarga, via-se correndo ela, fingindo que ia verificar algo, mas queria ver mesmo era a cara e a reação dele (além de matar a curiosidade de o que ele usara para se limpar, aquele banheiro não tina bidê).
Sentia falta daquela maluca. Ela ensinara muita coisa pra ela. Muito que fazia a vida dela ser melhor. Mesmo.
Saíra para limpar a sala de reuniões. Sempre deixava por último. Era ali onde sempre encontrava as melhores coisas. Como é que nunca tinha pensado nisso antes de Clotilde falar? O negócio era o seguinte: estes políticos ricaços sempre tinham que estar na crista da onda, andando como reis da cocada preta. Tinham alguns, bem legais, que davam certos ternos, relógios, etc, para elas e outros funcionários. Outros, preferiam jogar no lixo do que dar pra plebe (um deles falou isso na cara de um amigo dela). O que o coitado não sabia que isso não adiantava, até o contrário, dava um gostinho diferente. De achado, não de roubado.
Tinha trauma de roubo. Tanta coisa já houve por rou....
-Você já está limpando a sala, hein? Muito bem, isso que gosto. - disse um dos senadores, entrando correndo na sala. Ela sorriu cinicamente e continuou a limpeza.
-Você tem certeza que não ficou com o Zé Roberto? - falou outro da porta.
-Pode ser, mas só queria verificar pra garantir. Não se pode confiar em pobre, é pior que político. - os dois riram e o senador se aproximou dela - Você não viu, por acaso, nada em cima da mesa ou caído no chão, né?
-Não senhor.
Ele ficou olhando apenas uns cinco segundos para ela, como se estivesse tentando escanear seus sentimentos para ter certeza do que ela dizia. Confiou em seu instinto e foi embora, avisando que se ela encontrasse algo, deveria entrega-lo ou seria demitida.
Adorava estas ameaças. Eles nunca sabiam se elas achavam algo ou não, mas sempre ameaçavam. Por que rico é sempre tão burro? Será que não vêem que fazendo isso só nos incentivam a não devolver?
O dia indo embora. O verão indo embora. Hoje ela queria era descansar plenamente. Mandar as crianças pro cinema, deixar o marido já jantado e vendo tevê e ir dormir. Aquele calor a enlouquecia, e ultimamente seu marido estava muito chato, mesmo sem beber. É, talvez fosse por isso.
Levou o lixo e o balde para a sala das faxineiras. Josicley estava lá, se trocando para sair. Conversaram um pouco. Sua amiga estava ansiosa por sair com um dos seguranças do José Serra. Falando que era lindo, gostoso, bom partido, ainda mais se ele fosse eleito. Um dos ascensoristas bateu a porta e entrou. Pegou um café e bateu um papo com elas também. Ele ainda estava saindo com Clotilde, ela sempre fora boa com os homens. Ele a ajudava também a separar uma parte do lixo para levar pra casa, para o seu filho. Já o tinha feito, entregou para ela.
-Você está com uma cara exausta, mulher, vai pra casa! -disse ele, ajudando Josicley a fechar um zíper nas costas, com um olhar de rabo de olho vendo a bunda dela no vestido e sorrindo emcabuladamente.
-Mas você já separou tudo? - perguntou ela, sentindo que este estresse que sempre sentia que estava a deixando com esta cara.
-Já, só não separei ainda deste saco que você trouxe agora. - disse Magno, e pegou o saco e foi separando sem olhar direito. Josicley realmente tinha um corpo muito bonito e o vestido ressaltava muito bem isso. - Hoje encontrei um caso que seu filho vai gostar. Passaram um projeto de lei que...(suspiro)... que parece que vai tirar o direito de fumantes poderem dirigir fumando.
-Ih, mas esta história é velha! -respondeu ela, colocando o que ele já havia separado numa sacola de lixo para levar.
-Mas agora eu acho que é sério. O garoto vai adorar. Como é que ele está, em falar nisso?
-Está bem, tirando as brigas com o pai...
-Ele não melhora, né?
-É...- ela, sentindo que o assunto caía onde ela não queria nem lembrar, foi saindo.
-Manda um abraço para ele por mim, está bom?
-Tá. Boa sorte, Cleyde.
-Valeu, vou precisar.

iii.

-Você pode me confirmar o local?
-Sim. QNL 19 Bloco F. Tente ser discreto.
-Você sabe que eu sou.
-Sei. Tente ser discreto. E rápido.
-Ok.
-Já está no caminho?
-Já estou no meio do caminho
-Ok.
-Ok. Ligo ao acabar.

iv.

Ele chega em casa caindo. Não devia ter bebido, não devia ter bebido tanto, não devia ter bebido pra caralho. Ela vai me matar. Ela vai me deixar. Ela vai me mandar embora. O que ele podia falar? Eu fui jogar pôquer. Eu perdi dinheiro no pôquer. Eu perdi todo o meu salário no pôquer. Ela ia falar: Você não tem não sabe que não pode beber? Você perdeu nosso dinheiro? Você encheu a cara e perdeu todo o seu dinheiro??
A vadia só tinha emprego por culpa dele. Ele que a colocou lá. Ele que a trouxe pra cá. Antes ela ficava naquele fim do mundo, naquela merda que é o Nordeste. Tudo bem, Brasília também não era a melhor, nenhuma São Paulo ou Rio de janeiro, mas era melhor que...De onde ela tinha vindo mesmo? Puta que o pariu, se ela sabe que eu não lembro, ela me mata. Aquela vadia filha duma puta, ela ria dele agora. Ela que sustentava a casa agora, e adorava isso. Adorava vê-lo mal, sem ter o que fazer, um inútil.
Chegou em casa, a mãe no quarto do filho entregando os papéis que ela sempre lhe dava. Sempre protegendo o merdinha. Ele vai ser advogado. Advogado, ha! Só por isso está achando que vai ser alguém na vida. Já que não teve um marido de verdade, ela agora resolveu ter um filho que seja algo. Ha. Filha da puta.
Foi pra cozinha. Pegou um vinho que ela normalmente guardava para preparar comidas. Ela sempre fazia comidas especiais quando ele ficava um bom tempo sem beber. E fazia uma noite toda especial, só dos dois... mas ela queria humilha-lo. Só podia ser isso. Filha da puta, filha da mãe, escrota de merda. Que tonteira. Pegou o copo e encheu-o até a borda. Melhor assim. Um puta copo e pronto, ao invés de vários copinhos. Assim eu sei me controlar.
Virou quase meio copo em um gole. Foi bater o copo na pia e errou o alvo. O copo estatelou-se no chão, ele somente bateu a cabeça. Merda, agora vou ter que encher outro copo. Agora vou pegar de plástico. Culpa desta vaca que sempre deixa os copos de vidro por pertou preu me...
- Diador, que porra é essa? - perguntou ela, entrando na cozinha e vendo o copo no chão- Logo um dos melhores copos...
-Eu estou bem, obrigado por se importar. - disse ele cinicamente.
-Não está bem nada, você está caindo de cachaça. - respondeu, enquanto limpava os cacos de vidro, abaixada.
-Deixa de ser maluuuuca. Maluuuuca. E eu perdi meu salário todo sim, não me vem com essa, porra.
-Que? Você perdeu dinheiro? Seu desgraçado! - disse, preparando-se para se levantar e bater em seu marido.
-Não enche o saco, sua vaca!-berrou, chutando o seu estomago meio sem querer, meio sem forca, meio sem equilíbrio. Acabou caindo também.
O susto fez boa parte do efeito do álcool sumir. Ficou ele, ali de bunda e mãos no chão, olhando pra cima, ignorando o olhar de ódio da mulher. Olhando para a janela acima da pia, olhando a rua, a Lua. Olhou de rabo de olho para sua mulher e pensou quando foi que tudo começou a ficar assim. Foi quando se cansou daquelas pessoas, daquele ambiente nojento. Começou a beber por aquilo, e foi por beber que perdeu aquilo, e por perder aquilo não parou de beber, e beber o fez nunca chegar perto de nada como aquilo. Só isso. Um sofá, umas cervas, amigos que vem e vão, mais vão do que vem, e uma televisão. Nada.
-Desculpe, minha querida...desculpa por tudo. - ele falou, contemplativo.
-Que milagre é esse? Que que tu bebeu pra pedir desculpas, nunca foi a sua...
-Queria só falar isso antes que fosse...


v.

O Limpador colocou cones de obras nas ruas. Ninguém duvidaria de alguém com um carro daqueles (apesar do vidro fume) e de alguém com um terno tão bonito. O perfeito político. Carros já não iam passar. Agora era cuidar de evitar com que alguém visse algo. Colocou o silenciador em sua arma ,colocou uma pasta no rosto e seu óculos e boné. O pior era que apesar de tudo ainda parecia perfeitamente alinhado.
A casa era aquela mesmo. Casa até boa, para o que pensava. A aposentadoria dele devia ser muito boa. Ou ela estava roubando algo mesmo. Foi para perto da entrada da cozinha, normalmente deveria ser onde ela estava. Só ela e ninguém mais. Só el....
Um olhar. Sentia um olhar. Virou-se para a parede. Uma janela. Um sujeito o olhava. Com um rosto tão perdido. Percebeu que ele falava e ao encontrar o olha de seus oculos escuros parara. E ficara ali, olhando com uma cara inexpressiva, para um cara de óculos escuro, luvas, boné e arma em punho.
-Que foi, Diador? -perguntou a mulher, sem entender o que ele tanto fitava e se levantando para olhar.
Ela não vira, mas um ponto vermelho aparecera no meio da testa dele. Um sorriso e o vidro se estilhaçou com um único tiro. Era ela. Localizara. Edineide soltara um berro gutural. Talvez por saber que seu marido morrera sem olhar. Talvez por saber que tinha morrido daqui a uns minutos. Talvez por saber que sua filha devia estar chegando em casa, e que seu filho deveria estar se levantando para ver o que foi o barulho.
O Limpador entrou, enquanto ela se perdia na previsão que tinha tido dos fatos. Alguém la em cima não gosta de mim, pensou. Foi seu último pensamento claro. Comera a pensar simultaneamente no que aconteceria com seus filhos, o que acontecera quando ela era uma filha, que chegara a hora, que não queria, que não podia, que não ia, que não nada, não ia comer legumes, a mãe forçou, não ia pro colégio, mama, papa, buá.
-Merda! - berrou o Limpador ao sentir o sangue quente tocando o espaço entre seu terno e sua luva. Pegou um lenço, calmamente e foi limpando, enquanto pensava a melhor maneira de se livrar dos corpos.
Tempo o suficiente para o filho correr de seu quarto e chocado, pular em cima dele , enfiando uma caneta em seu ombro. Uma caneta. Lutaram bastante, uns dois minutos, mas não fora nada que uma boa coronhada não resolvesse. Uma caneta1 Tirou a caneta de seu ombro. Sangrava bastante. Foi ao banheiro limpar quando percebeu que alguém entrava intempestivamente. Merda, merda, merda. Estava muito barulhento. Nem saiu do banheiro. Virou-se e viu a garota.
-Reze. Você tem tempo. - disse para ela.
Ela largou a mochila e ficou tremendo, chorando silenciosa, com as mãos a meia altura.
-Perdeu sua vaga no céu, sua histérica. - e atirou.
O corpo da menina ainda se contorcia no chão. Mulheres, sempre nervosas. Começou então a procurar o que tinha que procurar, e bolar como preparar os corpos, os motivos da matança (puta merda, não era pra ser tudo isso) e preparar a vizinhança.

vi.

Magno chegou em casa. Vazia. Ele sempre tinha a esperança de chegar e haver a mulher que sempre imaginou com o cachorro e os filhos que sonhara. Só conheceu o cachorro, mas infelizmente ele morrera.
Sentou no sofá, ligou a televisão e começou a jogar tudo que tinha dentro da sacola na mesinha. Quepe, ticket refeição, carteira, camisinha (tinha que usa-la logo antes que acabasse a validade) e um saco. Ah, o saco da Edineide. Ele não falou, mas tinha visto um agenda eletronica ali dentro. Pegou e ficou olhando. Um daqueles negócios cheio de botões. Foi apertando sem saber direito o que estava fazendo. Não é que era uma agenda porreta? Numero de telefone e uma mini agenda de compromissos. Foi tentando ler os nomes. Hahaha, só dos figurões. Do Zé Serra, do Zé Roberto (tinham tantos do Zé Roberto que estranho), do Toninho, dentre outros. A agenda também estava falando algo sobre reunião de uma lista. Quando passou por este item, tocou até uma musiquinha.
Olhou no resto do saco de lixo e foi procurando algo que se assemelhasse com isso. Encontrou um envelope pardo, cheio de etiquetas rasgadas que deviam estar fechando-o a pouco tempo, com uma daquelas folhas de computador antigo. Lá tinha, aparentemente o nome de vários deputados ou coisa parecida e umas colunas com uns xiszinhos.
Vou levar pra alguém amanhã me dizer o que é isso, pensou. Jogou na mesa, acendeu um cigarro e foi ver a reprise de um jogo do campeonato espanhol.


vii.
-Como assim, não encontrou? - perguntou o senador
-Não estava com ela. Nem com o filho.
-Mas é impossível. As câmeras pegaram ela pegando o lixo. Estava lá. Nós vimos!
-Não estava com ela.
-Você está pondo sua vida em jogo.
-Não estava com ela.
-Então trate de começar a investigar quem foi. Você é pago pra isso.
-Eu vou, pode deixar.
-Você sabe o que pode acontecer se encontrarem isto, não?
-Sim, sei.
-Você está metido nesta também. Melhor achar logo.
-Pode deixar, Toninho.
-Toninho é o car.....
O Limpador desligou e se direcionou a Alvorada. Queria dar uma olhada nas fitas de segurança. Ela devia ter falado com alguém...quem sabe, de repente ela mesmo não colocou a lista no compactador de lixo? Só não poderia ter ido para a reciclagem.




viii.

O Diário de Brasília (23/02/2001), pág 13, nota pequena

Incêndio na Asa Norte provoca duas mortes : um incêndio em um apartamento destrói com três apartamentos da periferia de Brasília. (...) A causa do incêndio foi dada por um cigarro deixado aceso por um morador, que dormira e deixara o fumo perto de material inflamável.

ix.

-Tudo limpo.
-Ótimo




AVISO:
Até o fim da tarde, vou publicar um textinho aqui. Espero comentários, ok ?:P:)
Granto que nã vai ser do meu tradicional estilo (bem , sem sexo e música, pelo menos, mas a carnificina comea...bem, vcs vão ver)
Preciso de opiniões, nào escrevo mesmo já faz muito tempo!




E não é que ainda tem almas que realmente aparecem aqui? Devia ter lido as estatisticas antes de falar isso, por elas tem bem mais que estas pessoas q se pronunciaram, uma média de umas 20 constantes diárias.
Bem, um pouco de vidinha antes de escrever mesmo:
-Paulo 1 x 1 UERJ : hoje passei numa matéria importantíssima, Modelos Probabilisticos, mas repeti numa de um professor que me persegue a 3 anos. Me sinto o burro da sala com ele. Sabe o que é fazer as mesmas matérias com um cara 4 vezes? Tudo bem, não foram seguidas, mas para mim foram, o que as separou foram trancamentos. Mas desisti, creio eu. Se não for necessário, não as farei no próximo período. Estou em duvida quanto a isso. agora a matéria está em minha cabeça, deveria aproveitar.
A grande merda é que agora TENHO que fazer uma matéria neste próximo período que o único horario que posso fazer é com ele. Fudeu.

Gerações : ando achando que todos os relacionamentos de pais e filhos, mais velhos e mais novos, mudaram a partir de Woodstock. Vejo meus pais, é meio difícil ter uma conversa normal, muito machismo, muita idealização "na minha época não foi assim". Depois, a geração rock e a geração videogame, estes caras envelheceram sem deixar a parte nova morrer. Os dos anos 70 gostam do Nirvana, do Paralamas e Legião, no mínimo de Pink Floyd, Rush e dinossauros. Os dos anos 80 sabem jogar videogame como ninguém, pois assim como quem dirige um fusca dirige qualquer carro, quem jogou Decathlon no Atari joga bem qualquer cosia :)
E já prevejo os pais dos 90. Sacam de Internet e tudo. Também tem o lado sexual. Pais de pré-70 eram machistas. Dos 70, liberaram geral. Dos 80, aceitavam o homossexualismo mas tinham medo da AIDS. Dos 90, liberam geral mais que os 70, mas sem drogas.

Tommy Molto: Ontem comecei a esboçar um novo texto, um que devia ter feito a mais de um ano, mas acho que fazer agora saíra bem mais legal, pois todos já esqueceram do que houve. Decidi ver alguma época para viajar para Catalão, uma cidade que marcou minha vida, para roteirizar o livro. O lugar é muito especial (cidades do interior do país sào livros prontos, sério!) para deixar de usar.
Achei engraado ontem meus pais sempre reclamando de meus livros serem auto biograficos. Meu ultimo não era muito, só um pouco.Afinal, não sou um físico renomado nem tenho ex-mulher e filho. Mas sim, era como me projetava. Mas é isto que o escritor faz. A maior parte dos escritores são sonhadores, cheio de sonhos. Falo isso porque não os considero frustrados em certas carreiras, o negócio é querem abraçar o mundo. abraamos a literatura no lugar.

Rock my little baby: Sem dúvida, estes achados do Lúcio Ribeiro foram fodas, versões de rock para crianas! Sim, rock the baby!
Da mesma coluna, vem uma nota de ódio a Sampa : FDPS, vc vão ter Los Pirata ,Los Hermanos e os grandes Mulheres Negras e eu aqui com nada! AHHHHHHHHHHHH!!!!!

Reply aos comments:Fabio, vc veio e não comentou nada, só falou do teu blog, po! Parecia q eu estava entediante! Marcos, foi mal, num sabia q ainda estava por aqui, por falar nisso, estou te devendo um mail sobre aquele projeto.

Esta trilha de Quase Famosos tem algo interessante. Consegue pegar otimas músicas do Rod Stewart e Elton John! CDzinho bom, muito bom, mas não tanto quanto o impecável filme. Sério, muito bom mesmo. E a versão do editor é melhor ainda.

Inté





terça-feira, dezembro 03, 2002


Comentarios idiotas:

1-A Fortaleza 2 concorre ao sério premio de pior filme já feito. Pior ator, pior atriz, pior efeito, pior trilha sonora, pior tudo.
2-Acho que estou com muita coisa na cabe,a para conseguir postar decentemente. Acho que só quando acabar de vez este período, este fim tá foda.
Pra ter idéia como as coisa estão não só comigo mas com um bom pessoal, ontem tive prova. O professor sempre fora meio militar, sem permitir atrasos, faltas, normas rígidas de prova, etc. Agora até voltou a fumar. Alunos chegam atrasados porque não sairam de casa por tiroteio ou por confsões, ele não pode mais ser contra alunos que trabalham (ele seguia a filosofia ou se estuda ou se trabalha) porque a situação de todos é ter que trabalhar pra no mínimo ajudar (ou sustentar) a casa. TInha ficado sem fumar por vinte anos. Vinte anos! E voltou a pouco, deu pra ver que foi por estar se sentindo perdido.
Ainda tem um negócio que estou sentindo que me estagnei em trabalho. Não vejo nenhum futuro onde estou. Até quando tento ver um espaço, me deixam passar mas sem ver, sabe? "Pensei em ver isto também". "Ah, tá, ok, faz o que quiser". Aí é foda. Até me cortaram de um projeto que ia pegar e realmente estava me deixando com esperanas de algo. Passaram pro meu clone. Posos fazer nada. Posso nunca subir em uma empresa tranquilamente, mas nunca vou babar ovo de chefe. Acho ridiculo, é a versao masculina de "dar pra subir"(se bem que deve estar rolando, de tanto gay que tem por aí).

Vou continuar fazendo uns posts minguados, afinal, acho que ninguem anda lendo mesmo. Tenho que finalziar esta porra de UERJ (bem, pelo menos o período). E agaranto que vão ter uns textos por aqui.

Ao som da ótima trilha sonora de Quase Famosos. Destaco a música Fever Dog da banda fictícia StillWater. Bem fodinha.