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Ficha Criminal Nome:Tommy Molto 30, carioca, agora paulista, scrummaster, gerente de projetos, analista de sistemas e engenheiro de telecomunicações e tradutor e músico e... Email:tommymolto@gmail.com
Frase do Dia:
Nelson Rodrigues
Blogs Filmes... Cashern Um filme de ação oriental interessantíssimo, parece que foi baseado em um anime. Visual muito bom! Tentação (we dont live here anymore) Bem interessante a visão de traição abordada no filme Sin City Para mim, impossível algum filme roubar o lugar desse como melhor do ano. Parecia um sonho, quadrinhos na telona! Seriados... Taken Ok, foi uma minissérie, mas foi muito foda, e vi numa maratona, o que me fez sentir como um filme. Acho que depois disso o Spielberg não tem mais o que falar sobre alienígenas, finalmente!:P Lost Depois de uma primeira temporada perfeita, começou meio mal mas já se recuperou brilhantemente. E só de saber q o Jeff Loeb vai escrever e o Daren "PI" vai dirigir um capítulo, só deixa mais com sede desse seriado. Nip Tuck Achei que nunca iria gostar de um seriado com um tema banal, a vida de cirurgiões plásticos. O maior vício que tive este ano! Histórias e crítica a sociedade das aparências muiito fodas. Músicas da Semana... Revistas .:Fábulas (Fables) .:Sin City .:Estranhos no Paraíso .:Crise infinita .:V de Vingança .:Monstro do Pantano (fase Alan Moore) .:Preacher .:Demolidor (fase Bendis-Maleev) .:Os Sete Soldados da Vitória .:We3 .:SJA .:Alias .:Y- the last man Links ChiNEWSki NoMinimo Charges Folha Pensata Scream and Yell Omelete SobreCarga deviantART Velvet Cds Desenhado por Amy
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quinta-feira, dezembro 19, 2002
Deve estar cheio de erros de portugues, mas o texto foi feito com gosto. Amanhã eu acabo : O Filho do Trovão Anthony enfiara a espada em mais um, mas a noite de insônia deixara-o sem totais forças. Eram muitos. O exercito de bárbaros só crescia, enquanto o seu constava de garotos como ele, de dez a dezoito anos. Muitos berravam o nome de seu pai. Isso sempre o incentivava a lutar mais um pouco, mas quando uma flecha cortara a pele de seu ombro esquerdo, desistira. O grande problema era que eram tantos inimigos que tina que lutar bravamente até para sair dee campo de batalha. Estes bárbaros não respeitavam nada, invadiam os acampamentos de socorro, os acampamentos das amas-de-leite, e tudo o que encontravam pela frente. Conseguiu chegar a uma colina onde ficara afastada a guerra. Tentava seguir os ensinamentos que sonhara, de ficar frio perante o genocídio de todos os garotos que cresceram consigo, mas era impossível. Ali estavam seus melhores e únicos amigos. Todos padecendo, um a um. Ali estava o Bolão, que passava desta para um mundo melhor. Ele realmente queria ir com ele. Queria ficar com seu amigo, mas ainda não estava preparado. Não era este seu papel, sentia em seus sonhos. Não tivera uma presença paterna. Seu pai, o grande Guerreiro, como chamavam, foi o responsável pela principal manutenção do Reino da Bretanha por anos. Todos tinham medo de cães paranormais aparecerem em campo de novo. E até apareceram, durante um período. Mas parecia que quanto mais fazia tempo que seu pai havia morrido, mais os espíritos da Terra deixavam os bárbaros avançar. Pensar que antes nem eram bárbaros que tentavam invadir, mas sim reinos inimigos. Não sobraram inimigos conhecidos. Todos padeceram, ou se juntaram. Inimigos viravam amigos pelo bem comum. Afinal, o mal espreitava a todos. Não havia sentido ficarem divididos. Primeiramente, o grande reino da Bretanha, depois os pequenos reinos. Não aceitariam estes intrusoso, sem raça, credo ou cor chegando. Todos com uma mistura, olhos puxados mas forças de vikings. Não podiam ser muito humanos. Ouvira falar de um grande imperador deles, que matara a grande lenda do Homem das Neves. Quando humanos começam a matar os sonhos, é porque estamos numa época sinistra. Olhara para mais ao seu leste, onde deveria estar o acampamento de socorro. Totalmente destruído por flechas de fogo e pedras, soltas por poderosas acapultas. Será que estes sujeitos não viam que só o que queriam era cada um em seu canto. Já havia discórdia interior demais para precisarem de mais confusão. Lá no fundo, via o resto do grande castelo. Onde seu pai tornara-se lenda. Seus familiares deviam ter voltado para lá. Lá ninguém entrava. Por mais fracos que os Lobos Espirituais estivessem, ninguém entrava lá. Pois se não fossem os Lobos, eram os Dragões. Era como se o lugar usasse de todos os recursos para se proteger. Começara a andar para lá. O som das espadas batendo ainda estava ao seu alcance. Em cada dois berros, um feria sua lama, pois era alguém que lhe valia muito. Um amigo de infância, um professor, um irmão de sangue. De sangue dos inimigos. Tinham perdido metade da Bretanha. Metade. O jogo estava empatado. Lembrava de ver o grande chefe jogando um jogo, jurava que o nome era Xadrez (achava engraçado, pois o nome original, Xez, viera dos próprios bárbaros que lutava contra, do próprio chefe dos bárbaros que o batizara). Havia alguns guerreiros no meio do caminho. Alguns inimigos, alguns amigos. Encravava a lança sem piedade em seus inimigos. Sem ora nem nada. Já em seus amigos... doía muito. Via cada um que o ajudara desde criança a se preparar para aquela batalha que estavam. A batalha pela vida decente. Achavam, na época, que a guerra, na verdade, era contra os pequenos reinos que iam contra o grande Rei, mas não demorou muito a perceber que não. Estavam sendo preparados (e até travando batalhas de iniciação) para a grande Batalha, que seria para defender seu reino. Sua terra. Sua vida. Fazia uma oração, conforme seu pastor havia o ensinado, e encravava a espada, sem dor nem piedade. Um guerreiro sabe a hora de morrer, apesar de se sentir imortal. Talvez fossem os constantes sonhos que tinha com seu pai, que o fazia sentir que grandes guerreiros, mesmo após a morte, continuavam a seguir seu rumo para a vitória. Seus amigos, até você, Fabrice, morrendo... Tudo bem, vá em paz, pois estará junto ded nós quando a hora do Julgamento Final chegar. A hora em que Deus olhará para nós e verá quem são os justos que deverão ficar. Hoje olhando a herança que Tommy me deixou, acho graça. Ele pensava que conseguiria lutar por Deus para ficar na Terra, enquanto nos ensinam que lutamos por um lugar no céu. Mesmas mentiras, as lutas mudam, mas não o enganador... Continuando, Anthony continuou seu caminho até o castelo, sempre exterminando quem estivesse em seu caminho, fosse amigo ou inimigo. Chegando lá viu sua família. Meu Deus, mesmo sendo um bebê, juro que me lembro daquele nobre guerreiro, com almas de amigos em volta como se fazendo uma aura protetora, e inimigos tentando fura-la, olhando para mim com os olhos frios. Frios. Frios para vocês. Eu sentia a emoção por detrás deles. Fosse um bebê, fosse um adulto, eu sei sentir isto. Vai ver foi um dos dons que me deram, nunca saberei ao certo. Mas vi que sofria. Sofria, pois perdiam a batalha. Ele a abraçou com tanta força que meus ossos recém consolidados craquearam. Eles se olhavam, quietos, conversando com os olhos. Hoje me arrependo de ter ficado tão fascinado com a espada de meu irmão, apesar de saber o porquê. Mas aquela conversa deve ter passado tudo o que eu não sei sobre o que aconteceu. Tenho certeza. Vi que mamãe apontou com o nariz para uma arvore, num vale na frente do castelo. Fora para lá que Tommy se encaminhara durante a noite. Alguns de seus amigos vieram, vivos, para se recuperar dos ferimentos. Eram Doze. Doze guerreiros, todos os guerreiros que sobraram da grande Bretanha. Todos. Doze. Muitas mulheres tinham se deixado levar pelos bárbaros. Eles abusavam delas (argh, só de lembrar das cenas que tive que presenciar... eu era um bebe, como puderam...), mas as deixavam vivas para darem luz a novos guerreiros. A partir daqui, segue o que me foi relatado anos depois: Tommy falara que ia tentar ver se os espíritos estariam ao seu lado. Para isso, pedira solidão em volta da arvore. Viu um pedaço de madeira, onde precariamente haviam escritos sobre nosso pai. Sentira uma vontade mais forte de se juntar a seu lugar sagrado, dentro das ruinas do castelo. E fora para lá que foi. Os guerreiros, abatidos, não o impediram, apesar de achar que lá deviam haver guerreiros bárbaros escondidos. Mas ele foi, e apesar de escutarem alguns estalidos de espada (alguns acham que sinal da loucura que o acometera depois, outros que duelava contra seus próprios demônios, alguns realmente acham que haviam bárbaros), ele chegara ao seu altar. Lá estava a imagem de sua amada, morta em batalha. Achava que lá estava tudo que amou na vida. Sua mulher e seu filho não nascido. Relatos contam que ele teria se deitado no altar, porem alguns espinhos, formados pelas próprias flores que ele deixara lá, tornaram-se espinhos. Ervas daninhas. Elas tentavam prende-lo e enfiar seus espetos em seu peito. Ele saíra gritando: “Não! Ainda não é hora de nos juntarmos! Eu vencerei onde você falhou”, e correra quase que instintivamente para a arvore de seu pai. Os relatos, a partir deste momento, ficariam obtusos demais para relatar-lhes, mas passarei a idéia que, creio eu, depois de todo este tempo, creio que é a verdadeira: ao abraçar a arvore, Tommy caíra em prantos de lagrimas, berrando que haviam perdido, que não havia mais porquê. Repentinamente a noite, que estava fria demais para os musculos sonolentos dos rapazes, acordara e esquentara. Todos sentiam naquela sinceridade e naquele desespero, vindo do líder deles, o mais experiente, não um desespero que surgira depois como algo “ nosso líder desistiu! Vamos Desistir”, mas sim que eles, todos da mesma idade, deveriam ajudá-lo. Por uma noite, todos eles se abraçaram em volta ded uma arvore, um grande abraço pela própria vida de cada um. Cada um tivera a lembrança pessoal que deveriam: os pais guerreiros mortos, a mãe denegrida pelos bárbaros, algum irmão ou grande amigo morto. E foi no momento em que todos abriram os olhos cheios de lagrimas que viram. Um cavalo branco, forte, com um cheiro de vida, com um guerreiro com uma armadura semelhante a de Anthony, somente que de madeira, acima, relinchava e andava em volta deles. Perceberam que não estavam mais abraçando ninguém, que Anthony desaparecera e que a árvore também. Sobrara-se duas lapides. Uma delas numa língua semelhante a deles, mas que ninguém conseguia entender o significado. -Não se render sem luta! Vingar os mortos passados, presentes e futuros! Berrava o guerreiro em cima do cavalo, com uma voz bem semelhante a de Tommy. – Nosso Rei terá que passar amanhã, as alvorecer do Sol, para se estabelecer em seu castelo. E devemos lutar por isso1 Nosso Rei ou nenhum de nós. E descera do cavalo. Andava entre os guerreiros, ainda escorriam lágrimas entre seus olhos. O cheiro daquela armadura...sim, era madeira, mas uma madeira tão...viva. Sentiam como se um Guerreiro da Terra tivesse vindo para ajuda-los. -Cada lagrima escorrida é um guerreiro que se esvaeceu no limbo da guerra, mas fortalecerá o dono de sua lagrima na hora do Julgamento Final. A Terra é nossa, a Bretanha é nossa, ou de mais ninguém. Morreremos tentando salvar nossa terra, ou não valerá porque viver. – brandava o guerreiro. Já deviam ser o que hoje chamamos de fim da madrugada. Umas quatro, cinco da manhã. Os guerreiros sobreviventes, os doze, não entenderam nada do que viram. Ficaram por um período indeterminado em volta de uma arvore que nunca existira, consolando um guerreiro que não estava lá. Mas se consolaram. Um ao outro. Sentiram todas as mágoas passando. Uns sentiram seus pais ao lado, outros seus irmãos. Mas todos sentiram, apesar da noite não dormida, suas forças revigoradas. Tinham que vencer, até a ultima gota de suor. Pois a ultima gota de lagrima que tinham que dar pelos mortos já tinha sido dada. Agora só sobrara a gota de lagrima de suas próprias mortes Neste momento, enquanto mamãe dormia, aprendera como engatinhar. E sentia algo como me orientando para uma direção. Pelas memórias que tenho (e garanto, não são poucas, por isso é fácil me embraralhar em que eu não tenho escrito), andei em direção ao Sol, digo, a Lua. Os Doze levantaram-se quase simultaneamente. Cada um olhava para o outro com uma cara de espanto. Pareciam ver fantasmas em volta, e muitos realmente viram. Um berro veio do acampamento dos bárbaros. Lobos, reconheceram o berro por outros dias. Era a hora. A hora de se levantar..... Continua. |
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